UFC ou Pride: Qual a melhor organização de MMA do mundo?

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Confira uma análise profunda sobre os legados do UFC e do Pride, comparando suas características, atletas e impacto no MMA mundial.

Hoje em dia o UFC é o maior evento de MMA do mundo. No entanto, todo fã das artes marciais mistas já viu ou ouviu falar do Pride, o evento japonês de Vale Tudo que dominava o mercado antes da ascensão do Ultimate. Neste artigo de notícias, vamos responder à pergunta que ocupa os entusiastas do esporte há muito tempo: quem é melhor, o Pride ou o UFC? Sem mais delongas, vamos lá!


🌏 O que é o Pride?

O Pride Fighting Championships foi uma das maiores organizações de MMA, criada no Japão em 1997, e dominou a cena internacional até sua queda em 2007. Famoso pela exibição de lutas épicas, o evento conquistou muitos fãs ao longo dos anos.

A sua popularidade estava ligada à qualidade técnica das lutas e ao estilo único, que envolvia grandes estrelas do MMA internacional, como Fedor Emelianenko, Wanderlei Silva, e Mauricio "Shogun" Rua. O Pride se destacava por realizar eventos em grandes estádios e oferecer lutas espetaculares com uma atmosfera única.

Ele inovou ao permitir regras menos rígidas, como os socos no solo e a possibilidade de chaves de braço e outros ataques fora da posição tradicional do UFC. Essas liberdades técnicas atraíram muitos lutadores habilidosos e disputas que ficaram marcadas na história do MMA.

O orgulho do Pride também vinha de seus grandes investimentos em entretenimento, que incluíam apresentações de show de luzes e entrada teatral dos lutadores. Isso, de alguma forma, aproximava o evento de um espetáculo de entretenimento, o que o tornava uma verdadeira experiência para os fãs.


🏆 O que é o UFC?

O Ultimate Fighting Championship (UFC) foi fundado nos Estados Unidos em 1993 e, desde sua criação, tornou-se a maior e mais famosa organização de MMA do mundo. A organização é conhecida por sua extensa cobertura global, sua gestão profissional e os altos prêmios de dinheiro oferecidos aos atletas.

Com o tempo, o UFC tornou-se sinônimo de MMA, eclipsando outras competições ao redor do mundo. O UFC sempre foi um grande pioneiro nas mudanças de regras, com a introdução de categorias de peso e um maior foco na segurança dos atletas.

Além disso, os combates passaram a ser regulamentados de forma mais rigorosa, o que tornou o evento mais aceitável para o grande público. Com a associação de grandes nomes como Anderson Silva, Georges St-Pierre e Conor McGregor, o UFC consolidou-se como o líder global no MMA.

O UFC também teve grande sucesso em levar o MMA para a televisão mundial, com a popularização de programas como The Ultimate Fighter, que ajudaram a transformar os atletas em estrelas internacionais. Sua abordagem estratégica e foco no entretenimento também se mostraram acertadas.


🔥 O impacto do Pride no MMA

Quando o Pride surgiu, o MMA ainda estava ganhando força ao redor do mundo, e sua popularidade rapidamente se espalhou. A qualidade técnica e a abordagem mais “livre” de lutas criaram um novo padrão para a indústria do MMA.

Lutadores de alto calibre como Fedor Emelianenko, Wanderlei Silva e Mirko Cro Cop chamaram a atenção para o evento, e seus confrontos são até hoje lembrados como alguns dos melhores da história do esporte. O impacto do Pride não foi apenas técnico.

Ele também ajudou a popularizar o MMA na Ásia e proporcionou uma plataforma para que lutadores de diferentes países se enfrentassem, levando o esporte a novos públicos. A organização sempre teve um toque mais cultural e artístico, destacando-se em comparação ao UFC, que por muitos anos manteve um formato mais “clean” e focado no esporte.

O Pride foi responsável por transformar o MMA de um nicho de combate para um esporte global de massas. A falência da organização em 2007 foi causada por uma série de problemas financeiros e legais, o que resultou em sua aquisição por parte do UFC, que rapidamente absorveu a maior parte do legado do Pride.


💥 A ascensão do UFC

Enquanto o Pride estava em declínio, o UFC aproveitou sua ascensão e começou a dominar o cenário mundial do MMA. Com o fenômeno do MMA se espalhando pelos Estados Unidos e, posteriormente, pelo mundo, o UFC se tornou o principal palco para os maiores combates.

Sua visibilidade midiática cresceu enormemente com o advento de canais de TV pagos e, especialmente, com o sucesso da FOX Sports e o subsequente contrato com a ESPN. Além disso, o UFC começou a organizar eventos de grande porte, como o UFC 100, UFC 200 e o UFC 229, que ficaram marcados por lutas épicas.

A chegada de novos astros, como Conor McGregor, também ajudou a globalizar ainda mais o evento. A organização também apostou em uma estrutura de ligas mais sólida, com campeões em várias divisões, o que aumentou a competitividade e os níveis de performance.

O modelo de gestão empresarial e marketing do UFC se mostrou um sucesso. A diversificação de mercados, aliada à exploração de novas oportunidades, ajudou o UFC a se firmar como um nome consolidado no mundo do entretenimento esportivo, superando outras organizações, incluindo o próprio Pride.


🤔 Comparando os legados: UFC x Pride

É possível traçar várias diferenças entre o UFC e o Pride. O UFC sempre foi mais focado na profissionalização do esporte, enquanto o Pride valorizava mais o entretenimento e o espetáculo. Enquanto o UFC tem um modelo de gestão sólido e financeiro, o Pride era mais desorganizado, o que contribuiu para sua queda.

O UFC apostou em uma filosofia de luta mais estratégica, com atletas mais técnicos e disciplinados. Já o Pride, por sua vez, era mais aberto a experimentações e diferenças culturais, o que criava um clima mais desafiador e inovador. Ambos marcaram a história, mas com abordagens e estilos bem distintos.

Em termos de popularidade, o UFC é indiscutivelmente mais dominante atualmente, com uma base de fãs muito maior e uma presença de mídia muito mais forte. No entanto, o legado do Pride permanece incontornável, especialmente no coração de muitos fãs que ainda lembram das grandes lutas e do espírito vibrante da organização japonesa.

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Davi santana

É formado em Letras pela UEFS, tem doutorado em Literatura e Cultura pela UFBA e toca violão todos os dias. Desde sempre, conciliou os estudos literários com a leitura voraz de jornalismo esportivo, principalmente matérias sobre MMA e futebol. Num belo dia, decidiu unir o útil ao agradável e fazer do seu hobby uma profissão. Desde então integra a equipe do Apostar no Brasil com as novidades mais quentes do esporte, além de ser nossa Bíblia na checagem de informações seguras.